terça-feira, 6 de julho de 2010

Bogdan e Biklen








Uma referência especial àquela que foi quase que uma bíblia para mim ao longo desta unidade:Bogdan e Biklen (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.
Aos autores, a homenagem devida.

Chegada ao fim


Chegada ao fim desta unidade a sensação é de mais-valia e de crescimento.
Aprendi bastante, reflecti, cresci.
Participei na medida do que me foi possível, cumpri com as tarefas que me eram propostas tentando cumprir os prazos. Atrasei-me na minha participação no fórum sobre a actividade 1 :(.
No sub-grupo de trabalho (o Azul) tentei dar o meu melhor contributo.
Nos Fóruns do grande grupo também tentei interagir com os colegas e acrescentar algo de valor à discussão.

Agradecimentos

Gostaria de deixar o meu agradecimento à professora Alda Pereira pelo seu apoio, interesse e acompanhamento.

Gostaria de deixar o meu agradecimento especial às minhas colegas da Equipa Azul e a todos os colegas da unidade pelo apoio, compreensão e solidariedade que sempre manifestaram

Reflexão sobre as Actividades


As actividades desta unidade curricular foram diversificadas e estimulantes.
A realização de trabalhos em sub-grupo é muito mais interessante para mim do que a realização de trabalhos em grande grupo.
A troca de ideias em sub-grupo de trabalho, o espírito de entre-ajuda e a solidariedade foi muito significativa.
Os Fóruns revelaram-se muito profícuos pois os contributos dos colegas e da professora foram um grande incentivo para a descoberta e para a aprendizagem.
A pesquisa na Internet sobre a temática da investigação educacional revela-se um mundo que começou a despontar para mim. Neste aspecto foi muito importante para mim esta unidade.
Os materiais reais (teses de mestado) disponibilizados foram também muito interessantes e motivadores.
Participei nas actividades na medida das minhas posssibilidades e mesmo quando o não fazia acompanhava a evolução das prestações dos colegas nos fóruns.
Foi bastante interessante e enriquecedor participar nesta unidade.

O Papel do Investigador

Segundo o grau de participação do pesquisador, a observação pode ser:

Participante ou Não Participante

Na observação participante o investigador é o instrumento principal de observação.

O investigador torna-se parte do meio a investigar, representa o papel de actor social tendo deste modo acesso às perspectivas das outras pessoas ao experienciar as mesmas vivências das pessoas em causa na investigação. A participação do investigador tem por objectivo a recolha de dados (sobre acções, opiniões ou perspectivas) aos quais um observador exterior não teria acesso.

A observação participante é uma técnica de investigação qualitativa: “Os investigadores qualitativos tentam interagir com os seus sujeitos de forma natural, não intrusiva e não ameaçadora. (...) Como os investigadores qualitativos estão interessados no modo como as pessoas normalmente se comportam e pensam nos seus ambientes naturais, tentam agir de modo a que as actividades que ocorrem na sua presença não difiram significativamente daquilo que se passa na sua ausência” (Bogdan & Biklen, 1994, p. 68).

Na observação não-participante, o investigador não interage de forma alguma com o objecto do estudo no momento em que realiza a observação. Seria mesmo considerado sacrilégio.
Este tipo de técnica, reduz substancialmente a interferência do observador no observado e permite o uso de instrumentos de registo sem influenciar o objecto do estudo. Os métodos científicos requerem normalmente uma postura não-participante dos investigadores.

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http://claracoutinho.wikispaces.com/T%C3%A9cnicas+de+recolhas+de+dados
Bogdan, R; Biklen, S. (1994): Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora.

Escalas de Medida na Análise Quantativa de Dados


A análise quantitativa das informações depende da natureza dos dados recolhidos e faz-se com base numa escala de medida.


A escala de medida pode ser:


- nominal (relativas a variáveis correspondentes a atributos que só podem ser expressos qualitativamente)


- ordinal (relativas a atributos ou propriedades de natureza qualitativa, atributos esses que permitem estabelecer uma gradação de intensidade)


- intervalar (correspondem a variáveis quantitativas e são expressas segundo uma escala de intervalos, sem ponto de referência, ou seja, não têm um zero absoluto)


- de razão ou proporcional (correspondem a variáveis quantitativas e a escala implica a existência de um zero absoluto que indica a ausência completa da propriedade a medir).


Estatística Descritiva


Descrição e organização dos dados:


Descrições gráficas – histogramas, polígono de frequência, curva de distribuição de dados.


Descrições numéricas – tabelas de frequências, medidas de tendência central (média, mediana, moda), medidas de dispersão (desvio padrão, variância), enviesamentos na distribuição, medidas de relação entre as variáveis.

Estatística Inferencial


Estatística inferencial refere-se a procedimentos e raciocínios efectuados com vista a procurar relações e/ou a verificar hipóteses ou a procedimentos com vista a estimar parâmetros da população com base nos dados da amostra.


A estatística inferencial serve-se de técnicas paramétricas que requerem determinadas condições (curva de distribuição normal, escala intervalar, dispersão homogénea) ou de técnicas não-paramétricas.

Testes Paramétricos

Tipos de testes paramétricos

Teste t de Student – teste de comparação de médias; permite verificar se a diferença entre duas amostras é estaticamente significativa

Correlação de Pearson – permite verificar se há correlação entre duas variáveis

Análise de variância – teste de comparação entre várias médias; usado quando se quer comparar resultados no caso de várias variáveis independentes

Testes para verificar hipótese de diferenças entre grupos:
1.Grupos independentes: Teste t de Student (dois grupos); Anova – análise factorial (mais de dois grupos); Manova se uma ou mais variáveis independentes e mais do que uma variável dependente;
2.Grupos emparelhados: Teste t de Student (dois grupos); Anova – análise factorial (mais de dois grupos)

Testes para aferir das relações entre variáveis:
Correlação de Pearson (r)- Regressão da variável independente sobre a variável dependente quando se pretende fazer previsão. Para mais de 2 variáveis: Correlação múltipla (r múltiplo); Regressão múltipla quando se pretende fazer previsão.

Testes Não-Paramétricos

Testes não paramétricos:

Testes para verificar hipóteses entre grupos independentes: Teste-U de Mann-Whitney (dois grupos), Teste-H de Kruskal-Wallis -análise factorial (mais de dois grupos).

Testes para verificar hipóteses entre grupos emparelhados: Teste T de Wilcoson (dois grupos), Teste de Friedman - semelhante à análise factorial(mais de dois grupos).

Testes para verificar relações entre variáveis ordinais: Correlação de Spearman (rs) de variáveis nominais

Testes para verificar hipótese de diferenças entre grupos (amostras): Teste do Chi quadrado

Testes para verificar hipótese de associação entre variáveis: Coeficiente de contingência

Testes de Variáveis ordinais: Teste-U de Mann-Whitney; Correlação de Spearman

Análise Quantativa de Dados







A análise quantitativa pode ser do tipo estatístico ou paramétrica(dados que mediante cálculos adequados de estatística inferencial são passíveis de serem generalizados à população da qual se extraiu a amostra)










A abordagem paramétrica utiliza testes paramétricos. O termo “parâmetro” refere-se a medidas que descrevem a distribuição da população como a média ou variância, daí o termo teste paramétrico.

A abordagem não-paramétrica utiliza testes não-paramétricos. Os testes não-paramétricos não dependem de formas precisas de distribuição da população da amostra. Os métodos não-paramétricos não assumem uma distribuição probabilística conhecida e permitem inferências independentemente das características ou da forma de distribuição da frequência dos dados.

A análise quantitativa de dados pode incidir sobre dados de natureza qualitativa ou dados de natureza quantitativa.

Métodos: Dedutivo e Indutivo

O método dedutivo envolve os passsos de:

1. Colocação da hipótese (baseada na teoria da literatura da investigação);

2. Recolha de dados para testar a hipótese;

3. Tomar a decisão para aceitar ou rejeitar a hipótese.


O método indutivo envolve os seguintes passos:

1. Observação do mundo;

2. Procura de um padrão no que é observado;

3. Fazer generalizações sobre o que ocorre.

Genericamente no método dedutivo a abordagem faz-se de cima para baixo, ou seja, o investigador testa hipóteses e teorias com dados.

No método indutivo a abordadgem é de baixo para cima, ou seja o investigador generaliza novas hipóteses ou teorias a partir de dados recolhidos durante o trabalho de campo.

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Johnson, B; Christensen L. Educational Research Quantitative Qualitative and Mixed Aproaches. Acedido em http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/2lectures.htm (acedido em 1 de Julho de 2010)

Grounded Theory


A Grounded Theory é uma abordagem metodológica do âmbito da investigação qualitativa cujo referente teórico é o Interaccionismo Simbólico.


Foi concebida por dois sociólogos: Barney Glaser (Universidade de Columbia) e Anselm Strauss (Universidade de Chicago).


Trata-se de um método de análise comparativa sistemática, na qual o pesquisador, ao comparar incidente com incidente nos dados, estabelece categorias conceptuais que servem para explicar o evento.


A teoria, então, é gerada por um processo de indução, do qual vão surgindo categorias analíticas que emergem dos dados


Etapas da Análise Qualitativa de Dados



De modo geral podemos considerar as seguintes etapas no processo de análise qualitativa de dados:







- Determinação das unidades de análise


  1. - Categorização / Codificação

- Formulação de hipóteses problemas

- Leitura interpretativa de dados



Podemos também considerar as seguintes fases no processo de teorização decorrente da análise qualitativa de dados:

  • Análise exploratória
  • Descrição
  • Interpretação
  • Teorização

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Reflexão Temática 5




Questões éticas na investigação educacional

Nesta unidade a reflexão foi em torno dos princípios e valores que devem nortear a acção do investigador.

«Não há bela sem senão» o que significa, neste caso, que o facto de se ser investigador não implica automaticamente seriedade.

Importa pois reflectir reflectir sobre aquelas que deverão ser as linhas de actuação do investigador. E foi isso que fizemos.

De todas as abordagens sobre ética que os diversos autores fazem destco aqui as indicações de Bogdan e Biklen (1994: 75) sobre duas normas de índole ética relativas à investigação com sujeitos humanos:

  • o consentimento informado e

  • a protecção dos sujeitos contra qualquer espécie de danos

Estas normas procuram assegurar que :


i) os sujeitos aderem voluntariamente aos projectos de investigação, cientes da natureza do estudo e dos perigos e obrigações nele envolvidos;
ii) os sujeitos não são expostos a riscos superiores aos ganhos que possam advir.

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Bogdan e Biklen (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.

Reflexão Temática 4



A Temática 4 incidiu sobre a Análise de Dados, quer a nível qualitativo, quer a nível quantitativo.

Tivemos dois problemas para resolver (Problema 1 e Problema 2) os quais se debruçavam exactamente sobre os dois tipode métodos de análise.

Fiz leitura e investiguei pois necessitava de me dotar de instrumentos que me possibilitassem pronunciar-me sobre o assunto.

Quanto à análise qualitativa de dados o processo foi relativamente pacífico e rapidamente apreendi os conceitos base.

Fiquei completamente perdida no que diz respeito à análise quantitativa de dados. É uma área muito vasta, muito técnica, que implica conhecimentos a nível de estatística e fiquei nitidamente com a noção de que apenas toquei a «ramagem». A parte positiva é que agora sei que necessitarei de me formar nesta área caso venha a necessitar de utilizar estas técnicas de análise de dados.

Trabalho de Grupo: a Entrevista


Eis o trabalho do meu grupo sobre a Entrevista:



INVESTIGAÇÃO
EDUCACIONAL

Guião de Entrevista


Professora:
Doutora Alda Pereira

Mestrandas:
Ilda Bicacro
Felícia Figueiredo
Julieta Cordas
Manuela Pereira


MESTRADO
EM
SUPERVISÃO
PEDAGÓGICA


Maio de 2010


Índice
Introdução. 3
1.A Entrevista e os Objectivos da Investigação. 3
2. Tipo de Entrevista a Aplicar. 3
3. Construção do Guião da Entrevista. 4
4. Critérios a Adoptar na Escolha dos Entrevistados. 5
5. Medidas a Considerar Durante a Entrevista. 5
5.1 Ambiente de Realização da Entrevista. 5
5.2 Durante a Realização da Entrevista. 6
6. Método de Análise do Material Recolhido. 6
7. Conclusões Preliminares. 7
Bibliografia. 7


Introdução
A escolha da entrevista como método de recolha de dados em investigação prende-se com algumas das vantagens que apresenta. Saliente-se a flexibilidade, a oportunidade de aprofundar os elementos de análise recolhidos como imagem, voz e registo multimédia entre outros, revelando ainda esta metodologia a oportunidade de questionar, a adaptação a novas situações e a novos entrevistados, a diversificação de dados, a interpretação rica de pormenores e a importância dos testemunhos.
1. A Entrevista e os Objectivos da Investigação
Entenda-se a entrevista como uma conversação mais ou menos estruturada que pressupõe um indivíduo que questiona e outro que responde. No entanto, Valles (1999:178) citando Schatzman e Strauss, (1973) refere “ No campo, o investigador considera toda a conversação entre ele e outros como formas de entrevista…As conversas podem durar poucos segundos ou minutos, mas podem conduzir a oportunidades de sessões mais longas”.
Este autor distingue a entrevista formal de uma mera conversa, na medida em que a entrevista formal está orientada para os objectivos da investigação e por um conjunto de factores:
a) Na entrevista, a participação do entrevistador e do entrevistado conta com “expectativas explícitas” : um fala e o outro escuta;
b) O entrevistador anima constantemente o entrevistado a falar, sem o contradizer;
c) Para o entrevistado a responsabilidade de organizar e manter a conversação é do entrevistador (criando uma ilusão de fácil comunicação que faz parecer breves as sessões prolongadas).
A entrevista é um método de pesquisa qualitativa de excelência quando a sua preparação se faz de modo cuidado e tendo em consideração alguns suportes teóricos que se vêm formulando. No entanto, segundo alguns teóricos, é a flexibilidade da entrevista que a torna um método muito escolhido para obter informação relevante.
2. Tipo de Entrevista a Aplicar
Valles (1999: 180) considera quatro modalidades de entrevista:
1- A entrevista conversação informal, caracterizada pelas perguntas que surgem num dado contexto, sem que haja selecção prévia dos temas.
2- A entrevista baseada num guião, caracterizada por preparação prévia dos temas e pela liberdade do entrevistador para fazer as questões e as colocar ao longo da entrevista.
3 - A entrevista estruturada aberta, caracterizada pelo emprego de uma lista de perguntas ordenadas e redigidas para todos os entrevistados, mas de resposta livre e aberta.
4 - A entrevista estruturada fechada, caracterizada pelo emprego de uma lista de perguntas ordenadas e redigidas por igual para todos os entrevistados, mas de resposta fechada.
Destas quatro modalidades de entrevista, só as três primeiras podem ser considerados entrevistas qualitativas, embora a terceira modalidade se possa considerar entre as qualitativas e as quantitativas. A quarta modalidade configura a entrevista quantitativa. O mesmo autor considera ainda vários campos de aplicação da entrevista. Aborda-se só o campo da entrevista de investigação, entendida como técnica de obtenção de informação relevante para os objectivos de um estudo. O seu campo de utilização encontra-se nas ciências sociais, especialmente onde pode adoptar formatos e estilos variados ao longo de um tempo mais ou menos determinado. As entrevistas de investigação social designam-se por “entrevistas em profundidade” e estas podem ser: focalizadas, não programadas, especializadas e de elites e biográficas – intensiva, individual aberta ou semiaberta ou longa, entre as principais.
3. Construção do Guião da Entrevista
A construção de um guião de entrevista deve fazer-se com todo o rigor possível e seguindo vários passos, dos quais destacamos:
- Descrição do perfil do entrevistado (nível etário, escolaridade, …);
- Selecção da população e da amostra de indivíduos a entrevistar;
- Definição do propósito da entrevista (tema, objectivos);
- Escolha do meio de comunicação [oral, escrito, telefone, email, …, o espaço (sala, jardim, …) e o momento (dia, hora, duração, …);
- Discriminação dos itens/questões a colocar;
- Elaboração do guião (apresentação gráfica, …);
- Validação da entrevista pelo aconselhamento e crítica de personalidades relevantes.
- Elaboração das questões de acordo com o tema, objectivos da entrevista, expectativas do
Fig.1 – Guião de entrevista qualitativaentrevistador e de possíveis utilizadores do estudo, considerados os aconselhamentos.
- Escolha de perguntas abertas (fale-me de …) e fechadas (das seguintes hipóteses escolha …);
- Adequação das perguntas ao entrevistado, utilizando vocabulário claro, acessível e rigoroso;
- Construção/revisão de perguntas alternativas para evitar eventuais fugas ao tema;
- Decisão do número de perguntas e sua ordenação, no âmbito de cada dimensão temática;
- Formatação da entrevista (cabeçalho com identificação, instituição, proponentes, título, data);
- Apresentação sucinta da entrevista, incluindo os objectivos;
- Estruturação das perguntas.

4. Critérios a Adoptar na Escolha dos Entrevistados
Existem três características que se revelam importantes na actuação com diferentes pessoas e por isso a ter em conta na escolha dos entrevistados: sensibilidade para as relações humanas, introspecção e receptividade.
5. Medidas a Considerar Durante a Entrevista
A realização da entrevista obedece também a importantes cuidados, quer no que se refere ao ambiente em que ocorre, quer no tratamento que se dá ao entrevistado. Há um conjunto de verificações a fazer e de procedimentos a ter em consideração, para que o momento crucial, o da entrevista possa decorrer de forma tranquila.
5.1 Ambiente de Realização da Entrevista
No que respeita ao ambiente geral onde se vai desenrolar a entrevista, saliente-se os seguintes requisitos:
- Verificação do espaço/local da entrevista - Proporcionar as condições dignas à entrevista (temperatura, luz, móveis, …);
- Manutenção de uma distância audível entre o entrevistado e o entrevistador (1 a 2 metros); Em casos de entrevista em grupo, pode ser vantajoso subdividi-los em pequenos grupos;
- Criação de um ambiente não intimidatório;
- Verificação das condições de privacidade do entrevistado.
- Verificação de pedido de autorização e convocação do entrevistado;
5.2 Durante a Realização da Entrevista
Chegado o momento em que se está frente a frente com o entrevistado, há cuidados particulares que devem ser adoptados para que o evento tenha o máximo sucesso. De um conjunto alargado de considerações destaque-se:
- Usar um tom informal;
- Explicar os objectivos da entrevista;
- Previamente, verificar os suportes de registo (papel, captação do som, …);
- Antes de iniciar a entrevista, pedir autorização ao entrevistado para fazer a gravação (em caso da mesma);
- Registar com as mesmas palavras do entrevistado, evitando resumi-las;
- Anotar, se possível, gestos e expressões do entrevistado;
- Registar tudo o que o entrevistado diz;
- Gerir o tempo de conversação;
- Mostrar compreensão e simpatia pelo entrevistado;
- Apresentar as questão oralmente e por escrito (não obrigatório);
- Começar com as questões mais simples, de fácil resposta;
- Evitar influenciar as respostas por gestos ou palavras;
- Apresentar uma questão de cada vez;
- Manifestar aceitação pelas opiniões do entrevistado;
- Encerrar a entrevista num ambiente de cordialidade agradecendo ao entrevistador e solicitando futuras participações, se necessário.
6. Método de Análise do Material Recolhido
Devem considerar-se todos os dados válidos recolhidos. Há elementos verbais e não verbais. Estes são todas as contribuições não faladas que são dadas pelo entrevistado e também todas as contribuições sobrepostas ao verbal., tais como: expressões corporais (mímica facial, o olhar, a mímica, gestos, …); os actos; os escritos, onde se inclui o modo de vestir, os enfeites, jóias, cabelo, o curriculum vitae além de outros.
A verificação dos dados fornecidos pelo entrevistado prende-se com a validade, a relevância, a especificidade, a profundidade e a extensão das respostas concedidas e registadas. A validação faz-se normalmente por comparação com dados recolhidos noutras fontes; a relevância é dada pela relação da informação recolhida na entrevista com os objectivos da investigação; a especificidade está ligada à clareza e objectividade dos dados fornecidos; a profundidade está relacionada com as características físicas e intelectuais mostradas pelo entrevistado e a extensão está directamente relacionada com a dimensão e características das respostas.
Uma investigação qualitativa está dependente de interpretações mais ou menos subjectivas, por isso deve reger-se por parâmetros que possam conferir-lhe rigor. Existem algumas formas de validar e dar o máximo de fiabilidade ao estudo, como por exemplo, a triangulação - encontrar convergência em outras fontes de informação; com diferentes investigadores ou diferentes métodos utilizados; feedback- (memberchecks) – receber feedback dos participantes no estudo e auscultar as suas opiniões relativamente aos resultados do estudo, são algumas das formas de validar o estudo realizado através da entrevista.
7. Conclusões Preliminares
Nas conclusões preliminares devem ser tidas em conta algumas das desvantagens do método de recolha por entrevista: risco de intimidação dos sujeitos e outros problemas de utilização da técnica e competências do entrevistador; a dificuldade dos dados recolhidos servirem à análise específica em estudo; nem sempre os dados se adequam ao propósito inicialmente formulado (pode ter sido introduzido “ruído”). O investigador, durante a análise de resultados, pode verificar a realidade ou ilusão das respostas do entrevistado e aferir da sua sinceridade.


Bibliografia
Carmo, H. & Malheiro, M.F. (2008). Metodologias da Investigação. Universidade Aberta.
Costa, C. (2004). A entrevista. Lisboa: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Gil, A. (1999). Métodos e Técnicas de pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas
Ghiglione, R, Matalon, B. (1994). O Inquérito: Teoria e Prática. Oeiras: Celta Editora
Hill, M. & Hill, A. (2005). Introdução à Investigação. Lisboa: Edições Sílabo, Lda .
Ketele, J. & Roegiers, X. (1999). Metodologia da recolha de dados. Lisboa: Instituto Piaget. Valles, .M. (2000): Técnicas cualitativas de investigación social. Reflexión metodológica e práctica professional (2ª ed.). Madrid: Síntesis/Sociologia.
http://claracoutinho.wikispaces.com/investiga%C3%A7%C3%A3o+qualitativa+passos+fundamentais (acedido a 6-5-2010).
http://www.socialresearchmethods.net/kb/intrview.php (acedido a 6-5-2010).
http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf
http://www.qualitative-research.net/index.php/fqs/article/view/1089

O Teste do Questionário

Realizar um teste do questionário é muito importante porque, diz-nos a experiência, a visão dos outros traz-nos frequentemente informação que nós não vimos antes e também porque a “prática” ou seja a execução da tarefa também ela muitas vezes nos traz novidades.

Há que ponderar a informação recolhida destas duas variáveis e “acertar agulhas” ou seja afinar ou refazer. É melhor antes do que depois…

No site em referência aconselham-nos a fazer essa experiência com familiares ou amigos, ou seja, hipoteticamente, fora da população-alvo (talvez funcione nalguns casos, mas não em todos certamente) ou com alguns poucos elementos da população-alvo: “Test the questionnaire on a small sample of your subjects first. If this is not possible, at least test it on some colleagues or friends”

De qualquer modo, testar o questionário parece-me uma boa ideia.

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http://iss.leeds.ac.uk/info/312/surveys/217/guide_to_the_design_of_questionnaires/3

Sobre a Tipologia de Perguntas de um Inquérito



A tipologia de perguntas a utilizar é muito importante em vários domínios da interrelação humana, nomeadamente nas conversações, nas entrevistas e nos questionários.


A sabedoria chinesa diz-nos que: "Quem lidera a conversação não é quem fala mas quem coloca as perguntas certas". Aí é que está o segredo: a correcta colocação de perguntas.


Na área da investigação, no geral, e na dos questionários, em particular, a problemática do tipo de perguntas também se coloca com bastante acutilância. A não formulação das perguntas certas leva a "errar o alvo" e a obter-se informação que de todo não tem a ver com os objectivos definidos.


Sobre as perguntas que podem ser utilizadas num inquérito...


Perguntas fechadas- perguntas que implicam uma respostas de sim ou não por parte do respondente;


Perguntas abertas- perguntas sobre a opinião do respondente;


Perguntas alternativas- perguntas que contêem alternativas de resposta e sobre as quais o respondente tem de manifestar a sua escolha;


Sobre as vantagens e desvantagens...


Negrito
As perguntas fechadas obrigam à tomada de opinião do respondente, originam informação que pode ser tratada estatisticamente, mas delimitam o campo de acção àquilo que o investigador previamente definiu (com o risco de não ser aqui que se encontra a informação pertinente);


As perguntas abertas deixam “campo livre” ao respondente, podem ser fonte de áreas de informação sobre as quais não se tinha pensado, são mais ricas do ponto afectivo mas incorrem no perigo da dispersão da informação obtida e do seu dificíl tratamento;


As perguntas alternativas dão algum espaço de manobra ao respondente, implicam a tomada de uma posição, orientam a resposta, fornecem informação que pode ser tratada estatisticamente mas correm o risco de as alternativas apresentadas não serem adequadas àquilo que o respondente pensa ou sente, criando-lhe frustação por ter de optar por algo com o qual não se identifica.

Sobre a Amostragem na Recolha de Dados

A população de uma investigação refere-se a todos os membros do grupo sobre o qual se está interessado.

A utilização ou não de uma amostragem dessa população dependerá de vários factores:

· Dimensão da população (é ou não possível lidar com o universo total da população?);

· Tempo de trabalho (há ou não tempo para lidar com o volume de informação decorrente dessa população?);

· Dinheiro e outros recursos (é ou não financeiramente viável o estudo dessa população?).

A utilização de amostragens na recolha de dados levanta questões de representatividade, ou seja, até que ponto a amostragem é representativa da população visada, de modo a que posterirormente se possam inferir conclusões sobre a população a partir das conclusões da amostragem.

Uma das maneiras de obter amostragens é, depois de bem delimitada a população-alvo em função dos objectivos da investigação, seleccionar aleatoriamente um certo número de itens.

http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/2lectures.htm
http://iss.leeds.ac.uk/info/312/surveys/217/guide_to_the_design_of_questionnaires/3

A Triangulação na Elaboração de Questionários


A triangulação na elaboração de questionários, na investigação é uma metodologia de trabalho para todos aqueles pretendam rigor no produto do seu labor. É uma maneira relativamente prática e empírica de criar algum tipo de validação da investigação. Não é exclusiva da investigação educativa.


Pode efectuar-se ao nível da informação e ao nível das fontes naquilo que vulgo se designa, respectivamente, de cruzamento de dados e de cruzamento de fontes (investigação jornalística, investigação judicial, etc).


A expressão triangulação implica a utilização de três variantes. No entanto quando se fala de cruzamento de dados e de fontes o limite não tem de ser obrigatoriamente de três. A prática diz-nos que "dois" é de menos e "quatro" poderá ser de mais.

Técnicas de Recolha de dados: O Questionário



Passos para a construção de um questionário:


1- Definir dos objectivos da investigação
A clara definição dos objectivos é decisivo para a concepção de um questionário eficaz; questionários claros e concisos são mais produtivos; é importante realizar a revisão de algum enquadramento teórico

2- Identificar a população e a amostragem
A população é o conjunto de indivíduos que interessam para os objectivos definidos. A amostragem é um subconjunto dessa população


3- Decidir sobre o processo de recolha das respostas
Decidir se o questionário é para preenchido pelo respondente ou por uma pessoa que regista as respostas


4- Conceber o questionário
Subdividir em 3 fases: determinar as questões a serem abordadas; seleccionar o tipo de pergunta para cada questão; decidir sobre a sequência das perguntas e sobre o layout geral do questionário


5- Implementar um questionário experimental
Testar o questionário num pequeno grupo de pessoas que não façam parte da população-alvo (amigos, colegas)


6- Implementar o questionário definitivo
Distribuir os questionários; definir prazo de recolha; ter uma base de dados com informação de quantos, como e a quem foram distribuídos; fazer o acompanhamento da entrega e recolha de questionários; numerar os questionários


7- Analisar a informação

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http://iss.leeds.ac.uk/info/312/surveys/217/guide_to_the_design_of_questionnaires

Trabalho de Grupo: O Questionário


INVESTIGAÇÃO
EDUCACIONAL
MESTRADO
EM
SUPERVISÃO
PEDAGÓGICA



PLANEAMENTO
DE UM
QUESTIONÁRIO
Docente: Professora Alda Pereira
Trabalho realizado por:
Ilda Bicacro
Felícia Figueiredo
Julieta Cordas
Manuela Pereira
Abril de 2010


Índice

Introdução. 1
1. Etapas de planeamento de um questionário. 2
2. Análise da Dissertação "Setúbal, As TIC e o Ensino do Inglês: atitudes dos Professores" ……. 3
3. Reflexão final 4
Bibliografia. 5

Introdução
Em investigação educacional, o inquérito pode assumir diversas formas na recolha de dados objectivos sobre um problema concreto. É usado frequentemente na tentativa de descrição da opinião representativa de uma comunidade, tanto sobre um assunto de carácter científico como sobre um assunto apenas de interesse geral. Assume particular importância na recolha de dados da mais diversa origem e relacionados com investigação ao nível da população escolar - alunos, professores, sistema educativo e comunidade.
No âmbito das Ciências Sociais e quanto à sua utilização, podem-lhe ser atribuídos quatro grandes objectivos: estimar grandezas absolutas e grandezas relativas; descrever uma população ou subpopulação e verificar hipóteses, relacionando duas ou mais variáveis.
A aplicação de um inquérito exige que o investigador seja capaz de seleccionar a informação pertinente, que seja cuidadoso na construção e utilização de indicadores que tenham utilidade para a investigação e que saiba usar preceitos éticos e deontológicos envolvidos na situação. Por exemplo, se for necessário averiguar o estatuto social nunca o inquérito deve questionar receitas ou vencimentos.
Antes de iniciar a sua construção, é importante haver uma clara definição de objectivos, saber qual a informação a recolher, harmonizar os objectivos com a forma do questionário, definir-se a população alvo, escolher o tipo de perguntas a elaborar em função do tipo de respostas que se pretendem obter e a forma de contactar com os inquiridos, já que estes no momento de responderem não podem (e não devem) esclarecer dúvidas.
As perguntas devem ser organizadas, de modo coerente, intrínseco e de forma lógica para quem vai responder.
A escolha do tipo de perguntas para cada questão poderá passar pelo tipo de resposta fechada, em que o sujeito elege uma das alternativas que lhe oferecem, ou aberta, em que o sujeito goza de liberdade para responder da forma que mais lhe convier.
Não pode ainda ser descurada a definição do tipo de escala de medida a associar às respostas e a definição da metodologia para análise de dados.
O questionário deve estar organizado por temáticas enunciadas de forma clara, deixando para o fim as questões mais difíceis, ou seja, é importante elaborar uma sequência de questões e escolher a forma de as apresentar.
Durante o processo, é ainda necessário algum cuidado na recolha de dados e sua operacionalização, assim como na apresentação das conclusões e avaliação do processo.

1. Etapas de Planeamento de um Questionário

Escolha das variáveis da investigação adequadas ao estudo
Selecção da informação pertinente do questionário e número de perguntas adequadas para cada variável – abrangendo todos os pontos a questionar
Definição do tipo de perguntas: abertas/fechadas
Definição dos objectivos do estudo e da situação a abordar no questionário
Elaboração e verificação da adequação das perguntas à hipótese operacional.
Aplicação do questionário (definir prazo, construir uma base de dados, quantos questionários, a quem foram distribuídos, quantos foram recolhidos)
Validação do questionário numa amostra restrita
Definição das instruções de resposta a fornecer ao inquirido
Análise e tratamento de dados
Interpretação e relatório científico

Decisão das técnicas a utilizar para testar a hipótese
Construção do questionário
Organização:
Sequência, forma, template…
Definição da amostra

2. Análise da Dissertação "Setúbal, as TIC e o Ensino do Inglês: atitudes dos Professores"

“Setúbal, as TIC e o ensino de Inglês: atitudes dos professores,
de Conceição Brito


1. Objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?

Nas páginas 5 e 6 a autora refere os objectivos da investigação: “Com este estudo pretende-se obter resposta para as seguintes questões: Que atitudes têm os professores de Inglês das escolas secundárias e secundárias com 3º ciclo do distrito de Setúbal em relação à utilização das TIC no ensino aprendizagem da língua inglesa? Que factores determinam a adesão e/ou a resistência à utilização das TIC pelos professores de Inglês das escolas secundárias e secundárias com 3º ciclo do distrito de Setúbal?” Na página páginas 72 e seguintes, no ponto 3.Procedimentos Metodológicos, a autora refere : “Tendo-se em conta os objectivos da tese, optou-se por uma abordagem metodológica mista, onde o aspecto qualitativo assenta, em primeiro lugar, numa recolha quantitativa Na verdade, a recolha quantitativa de dados foi feita através de um inquérito por questionário, enviado a todos os professores do grupo de Inglês de todas as escolas …”

2.Passos que estiveram subjacentes à construção do questionário

Os passos percorridos, desde a elaboração até ao tratamento de dados, estão expressos na página 72 e seguintes: “Neste estudo, o questionário era constituído por 126 questões de resposta fechada,
divididas por quatro grandes secções:
· caracterização do respondente
· os professores e a utilização das TIC
· os professores e a formação em TIC
· a utilização das TIC com alunos “

3.A amostra
4. Método de definição da amostra.

Não foi utilizado o método de amostragem. O inquérito foi aplicado ao universo total: todos os professores de Inglês das escolas do distrito de Setúbal.

5.Validação prévia do questionário

Não houve validação prévia do questionário.

6.Tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário
O tratamento de dados é apresentado no capítulo IV, Tratamento de Dados, pag.83. No caso concreto do questionário, há um tratamento estatístico, quantitativo, baseado em contagens totais de respostas e em percentagens. A comparação é, essencialmente, feita através do estudo percentual.


3. Reflexão final
O trabalho de investigação com base na elaboração de um questionário oferece um conjunto de vantagens, de entre as quais podemos destacar, o facto de as respostas por escrito serem menos embaraçosas para os inquiridos em determinadas situações, poder proporcionar uma maior rapidez na recolha e análise de dados, ser aplicável a uma grande amostra e como tal permitir a generalização das conclusões, bem como a grande aceitabilidade pelos públicos-alvo.
O inquérito é um instrumento privilegiado na recolha de dados sempre que a investigação tem necessidade de obter informação sobre uma grande variedade de comportamentos de um individuo ou grupo e cuja observação directa pode ser impossível ,até por se reportar ao passado. Atendendo a que a observação directa pressupõe uma intimidade inaceitável, por questões éticas e deontológicas, o inquérito torna-se assim, uma forma de ultrapassar estas dificuldades.
É também muito eficaz quando a investigação necessita de registo de opiniões, preferências e outras que têm de ser expressas pelos próprios. Revela-se muito útil quando os dados que interessam à investigação são algo de interesse geral mas que se produz num dado momento e sociedade e pode ser expresso por um conjunto de indivíduos inquiridos.
Contudo, estão-lhe também associadas algumas desvantagens: dificuldades ao nível da concepção, o perigo de generalizações erradas se a população-alvo não for representativa do universo em estudo, a possibilidade de ocorrerem erros no tratamento de dados que comprometam a investigação e haver uma elevada taxa de não respostas.
A concepção de um questionário deve atender a algumas considerações antes, durante e depois da sua aplicação. Assim, a aparência estética de um questionário é um aspecto importante funcionando como marketing para o respondente. O “layout” do questionário deve ser claro e atraente de modo a persuadir o respondente. O questionário deve ser curto, claro e com espaços adequados entre as perguntas. As questões devem ser de tal modo claras que não podem oferecer qualquer dúvida ou embaraço ao inquirido. E por fim, deve referir-se o facto desta metodologia de recolha de dados ser uma entre muitas possíveis a integrar numa investigação. O cruzamento de informações e a recolha de vários processos pode enriquecer a investigação.


Bibliografia
Brito, C. (s. d.). Setúbal, as TIC e o Ensino do Inglês: Atitudes dos Professores. http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=225878. Acedido em Abril de 2010.
Carmo, F. & Ferreira, M. (2008): Metodologia da Investigação - Guia para Auto-aprendizagem.2ªed. Lisboa: Universidade Aberta
Ghiglione, R; Matalon, B. (1992). O Inquérito, Teoria e Prática. Oeiras: Celta Editora.
Hill, M. & Hill, A. (2005). Introdução à Investigação. Lisboa: Adições Sílabo, Lda
http://iss.leeds.ac.uk/info/312/surveys/217/guide_to_the_design_of_questionnaires
http://inqporquestion.com.sapo.pt/etapas_para_a_construo_do_questionrio.html

Técnicas de Recolha de Dados: Documentais e Não-Documentais

Podemos dividir as Técnicas de Recolha de dados em dois grandes grupos:

Técnicas Documentais

Técnicas Não Documentais

As Técnicas Documentais de Recolha de Dados consistem principlamente na análise de conteúdo de documentos

As Técnicas Não Documentais de Recolha de Dados divdem-se grosso modo por Observação Directa (de grupos ou colectividades) e Observação Indirecta e Inquérito (Entrevista, questionários, testes, escala de atitudes.

______________

Ferreira, M. João, Campos, Pedro (s.d.) “O Inquérito Estatístico”. Acedido a 20 de Maio de 2010 em http://alea.ine.pt/Html/statofic/html/dossier/html/meio_dossier11.html

Reflexão Temática 3




A temática 3 incidiu sobre o Processo de Recolha de Dados.

Esta temática estava subdivida em 2 actividades:

- utilizar e preparar questionários;

- utilizar e preparar entrevistas;

Foi muito interessante pois assentei ideias sobre as fases a cumprir para a elaboração de questionários e entrevistas.

Trocámos ideias sobre as vantagens e desvantagens da utilização de inquéritos e entrevistas. O que convém ter sempre em linha de conta!

Adequados a realidades diferentes, a objectivos diversos, a contextos váriso. É só escolher

Reflexão Temática 2




Na temática 2 abordava-se o tema da Investigação Acção

O Fórum de Turma era livre e não tive ocasião de participar.

No entanto interessei-me pelo conceito pois desconhecia-o completamente. Reservei para mais tarde as leituras recomendadas e as participações dos estimados colegas em Fórum.

Destas minhas leituras posteriores retive algumas mensagens:

A investigação - acção almeja dotar os professores de informação sobre as suas práticas e dar-lhes uma atitude pro-activa nos seus contextos locais de ensino.

Mills (2003, citado em Donato, 2003) dá-nos a seguinte definição: a investigação-acção é todo o inquérito sistemático conduzido por professores investigadores para recolher a informação sobre as práticas na sua escola, como se ensina e como os melhores alunos aprendem.

A informação é recolhida com os objectivos de verificação das práticas, da reflexão sobre as mesmas, a fim de efectuar mudanças positivas no ambiente da escola e das práticas educativas gerais, para a melhoria dos resultados escolares.

A investigação - acção é conduzida por professores e para professores. É feita em pequena escala, com cobertura contextualizada, localizada, e visando desenvolver ou monitorizar mudanças na prática (Wallace, 2000, citado em Donato, 2003).

As características da investigação - acção reflectem também as qualidades dos líderes e das culturas em mudança. Estas qualidades incluem uma compreensão profunda da organização, da sua visão e análise, da vontade para novos conhecimentos, do desejo para a melhoria nos desempenhos, da actividade auto-reflexiva e da vontade de mudança (Fullan, 2000a, 2000b, citado em Donato).

Uma estrutura para a Investigação - acção:

Um projecto de investigação - acção procura criar conhecimento, propor e executar a mudança, e melhorar a prática e o desempenho (Longarina, (1996), Kemmis e McTaggert (1988), citados em Donato (2003).

Estes autores propõem que os aspectos fundamentais da investigação – acção respeitem os seguinte passos:

(1) desenvolver um projecto de melhoria;

(2) executar o projecto;

(3) observar e documentar os efeitos do projecto;

(4) reflectir sobre os efeitos do projecto para o refazer, se necessário.

A investigação - acção é normalmente utilizada em projectos de inovação ou na sua implementação.

Mills (2003), citado em Donato (2003) apresenta o seguinte esquema para a investigação - acção:

  1. • Descrever o problema e a área de focagem;
  2. • Definir os factores envolvidos no contexto da intervenção;
  3. • Formular questões a investigar;
  4. • Descrever a intervenção ou a inovação a serem executadas;
  5. • Definir um espaço temporal para execução da acção;
  6. • Caracterizar o contexto situacional, ou o grupo da investigação – acção;
  7. • Identificar uma lista de recursos para executar o projecto;
  8. • Seleccionar os dados a serem recolhidos;
  9. • Elaborar um plano do levantamento de dados e métodos de tratamento;
  10. • Seleccionar ferramentas apropriadas de inquérito;
  11. • Identificar os participantes e o modo como entram no estudo;
  12. • Discutir a condução da acção;
  13. • Recolher dados;
  14. Planear as acções estratégicas baseadas nos dados recolhidos.

___________________

Donato, R. (2003). A Investigação – acção. EDO-Fl-03-08.Universidade de Pittsburgh. Em http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=219466 (acedido em 5-4-2010)

Sobre a dissertação “Setúbal, as TIC e o Ensino do Inglês” no que respeita à utilização do questionário

Na unidade 1 foi-nos proposto a análise da dissertação acima referida. Alguns comentários a propos:


A autora apresenta com clareza os seus objectivos de investigação: identificar 'as atitudes dos professores de Inglês das escolas secundárias e secundárias com 3º ciclo do distrito de Setúbal em relação à utilização das TIC no ensino/aprendizagem da língua inglesa', compreender os factores determinantes da adesão ou resistência àquela utilização e estabelecer uma relação entre aquelas atitudes e a formação inicial e contínua da mesma população (p.6).

A investigadora explicita o método de investigação que utilizou, e as consequentes técnicas empregues: 'optou-se por uma abordagem metodológica mista, onde o aspecto qualitativo assenta, em primeiro lugar, numa recolha quantitativa de dados' (p.70).

Sobre o questionário diz-nos que 'era constituído por 126 questões de resposta fechada, divididas por quatro grandes secções' (p.72), às quais acrescenta 14 variáveis. Realça que o questionário é aplicado para verificação de hipóteses formuladas a priori.

Formaliza o pedido de colaboração das escolas e dos professores(p.73).

Uma vez que a população de referência são os professores de Inglês do 3º ciclo e/ou secundário, a amostra para a técnica quantitativa é constituída pela totalidade dos professores de Inglês, de todas as escolas daqueles níveis, do distrito de Setúbal

No que respeita às técnicas qualitativas – a entrevista e a observação de aulas -, foram aplicadas a 4 professoras e 20 alunos(p.201).

A definição das amostras (inquérito e entrevista), é feita pelo método de conveniência: os professores do distrito de Setúbal são escolhidos porque a investigadora conhece bem o contexto.

Não temos informação sobre se ouve uma validação prévia do questionário.

Dedica todo o capítulo IV ao tratamento dos dados. Os dados foram sujeitos a tratamento estatístico e estabelecidas relações entre as respostas obtidas nas diferentes questões

Apresenta uma visualização gráfica do tratamento de dados, apresentadando as leitura e as interpretações.

Trabalho de Grupo: O Guião de Investigação



Este foi o trabalho que o meu grupo elaborou sobre uma hipótese de guião de investigação:


INVESTIGAÇÃO EDUCACIONAL

Guião de Investigação

Docente: Professora Alda Pereira
Trabalho realizado por:
Ilda Bicacro
Felícia Figueiredo
Julieta Cordas
Manuela Pereira

Março de 2010

Índice

1.Introdução. 1
2. Guião de Investigação. 2
3. Reflexão final 3
4.Referências Bibliográficas. 4

1.Introdução

Toda a investigação procura a construção de conhecimento que, face ao anterior, se defina como válido e transformador da realidade, ainda que estas características não perdurem ao longo do tempo. Depois de identificado o problema, revista a literatura, reconhecida a praticabilidade da investigação apresenta-se uma proposta de guião da investigação.
A história da investigação encontra-se repleta de esforços para combinar, numa única investigação, diferentes métodos de recolha e análise de informação. Numa proposta de investigação os métodos devem ser clarificados. Quem são os participantes? Que dados vão ser recolhidos? Que instrumentos vão ser usados? Que equipamento vai ser utilizado?
Não obstante o desenvolvimento da investigação educacional, da preferência de uns investigadores pelo método quantitativo e de outros pelo método qualitativo, reconhecem-se vantagens e limitações em cada um deles. A metodologia da investigação qualitativa é forçosamente diferente da utilizada na investigação quantitativa. No entanto, qualquer que seja o paradigma escolhido há passos metodológicos a respeitar quando se parte para uma investigação. Os estudos qualitativos baseiam-se, frequentemente, em análises indutivas, dados categorizados, comparação baseada em padrão. Os estudos quantitativos usam procedimentos de análise de dados estatísticos.
Um plano de trabalho exige uma organização articulada, flexível e em parte provisória, do trabalho pessoal em função dos objectivos e das hipóteses para a resolução dos problemas que se pretendem estudar (Dias, M. 1999). No âmbito da 1ª actividade proposta na unidade curricular Investigação Educacional apresentam-se neste documento:
o Uma introdução;
o Um possível guião para um trabalho de investigação;
o Uma Reflexão Final.
Importa referir-se que nunca se deve colocar demasiada confiança num único estudo de investigação. Em ciência, as verdades são provisórias, as conclusões devem ser aceites pela comunidade científica e estarem sempre dispostas a serem postas em causa.


2. Guião de Investigação

GUIÃO DE INVESTIGAÇÃO
1º Passo - Problema de Investigação
Que problema vai ser objecto da investigação? Todo o trabalho está condicionado pelo campo específico onde se vai intervir.
2º Passo – Revisão da literatura
Os problemas que vão ser investigados já foram investigados por outros? Que conclusões se tiraram? Não deve haver sobreposição de investigação.
3º Passo – Paradigma escolhido (Quantitativo, Qualitativo ou Misto) e Método a seguir
Propõe-se uma investigação baseada no paradigma qualitativo ou misto, de método indutivo analítico e comparativo.
4º Passo – Objectivos da Investigação
Para que serve esta investigação? Qual a tese que se desenvolve?
5º Passo – Recolha de dados (qualitativos/quantitativos)
Depois das respostas às questões anteriores, sabendo qual a problemática que se vai trabalhar, a percepção que se tem do caminho a percorrer, identificam-se os dados: Entrevistas? Questionários? Outros? Quais?
6º Passo – Tratamento, Interpretação de dados e Conclusões
O tratamento de dados depende da qualidade dos mesmos.
7º Passo – Elaboração do documento escrito
Esta fase consiste na elaboração e revisão do texto final e apresentação das conclusões.
8. Preparação e impressão, correcção e reimpressão
9º Passo – Apresentação final do Trabalho
Normalmente à instituição que presidiu ao trabalho de investigação.

3. Reflexão final
É através da pesquisa e das conclusões do trabalho de investigação que o saber evolui e o pensamento crítico se desenvolve. No âmbito da educação reconhecem-se os seus contributos nomeadamente na melhoria do ensino e da aprendizagem e no crescimento do ponto de vista pessoal e profissional dos envolvidos.
Constituem requisitos de um investigador ser curioso, atento ao mundo que o rodeia e inconformado sobre os problemas sociais. Alguns estudos mostram que os investigadores são criativos e têm uma faceta estética apurada. A responsabilidade profissional deve permitir garantir que os trabalhos de investigação sejam relevantes para a sociedade e procurem não duplicar os já realizados por outros.
Os resultados dos trabalhos de investigação devem ser divulgados e explorados, de modo a garantir que a investigação seja frutuosa e levada ao conhecimento da sociedade em geral, como forma de aumentar o conhecimento científico e valorizar a investigação. É por isso necessária a definição e utilização de um método de estudo e seguir uma metodologia de trabalho que possa ser comparável pelos vários investigadores, de forma a cruzar dados melhorar o trabalho e dar continuidade à investigação.
“Quando iniciam um trabalho, ainda que os investigadores possam ter uma ideia acerca do que irão fazer, nenhum plano detalhado é delineado antes da recolha de dados” (Bogdan, 1994:83).
O planeamento da investigação não pode ser concebido com grande rigidez, o caminho faz-se caminhando, este plano vai-se reestruturando à medida que prossegue a investigação. Importa sublinhar que o investigador parte para o campo da investigação munido dos seus conhecimentos, das suas experiências, com hipóteses formuladas e com um grande objectivo de verificar essas hipóteses ou proceder a alteração e reformulação das mesmas, à medida que a investigação avança.
O modelo de investigação quantitativo “é o paradigma dominante em educação” tendo por base o método científico. Reconhecem-se-lhe no entanto algumas limitações nomeadamente a dificuldade de manipular ou controlar aspectos de natureza ética e variáveis independentes (Moreira, C. 2007).
O modelo de investigação qualitativa constitui uma resposta às limitações da avaliação quantitativa. Interessa-se pelos processos cognitivos e metacognitivos dos seres humanos. Inspira-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica.
Utiliza entrevistas detalhadas e observações minuciosas que fornecem “ informação acerca do ensino e da aprendizagem que de outra forma não se poderia obter”. As suas limitações relacionam-se com a objectividade ou falta dela, por parte dos investigadores e o tempo requerido para a investigação. (Fernandes, D. 1991, p.65). É por isso que os métodos qualitativos e os quantitativos se combinam muitas vezes numa mesma investigação.
O guião apresentado, como já foi referido, pode ser condutor de um processo de investigação de paradigma quantitativo, qualitativo ou misto. Em educação e para qualquer problemática a tratar, os vários paradigmas encontram aceitação. Assim sendo, parte-se do princípio que as diferenças no faseamento não são significativas.

4.Referências Bibliográficas
Bogdan R. & Biklen, S. (1994): Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Caraca, M. e al. Características da personalidade em artistas plásticos e investigadores científicos. Aná. Psicológica, 2000, vol.18, no.1, p.53-58. ISSN 0870-8231.
Dias, M. (1999). Métodos e Técnicas de Estudo e Elaboração de Trabalhos Científicos. Coimbra: Minerva
europa.eu/eracareers/pdf/eur_21620_en-pt.pdf. Carta europeia da Investigação. (acedido em 21 de Março)
Moreira, C. (2007). Teorias e Práticas de Investigação. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais e Políticas.
Johnson, B. e Christensen, L. (s.d.) Educational Research Quantitative, Qualitative, and Mixed Aproches.
VALLES.M. (2000): Técnicas cualitativas de investigación social. Reflexión metodológica e práctica professional (2ª ed.). Madrid: Síntesis/Sociologia.
http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/2lectures.htm. Acedido em Março de 2010.
http://www.socialresearchmethods.net/kb/contents.php. Acedido em Março de 2010.
http://www.fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali.asp. Acedido em Março de 2010.
http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf. Acedido em Março de 2010.

Reflexão Temática 1


A 1ª temática desta unidade foi a problemática do processo de Investigação.


Não sendo, nem nunca tendo sido investigadora, foi com especial agrado que me vi embrenhada na leitura de livros e de sites que versam sobre este tema.


Apesar de ter uma vaga reminiscência, dos tempos de liceu, da questão do positivismo de Comte e do idealismo de Kant, com as suas consequências em termos de postura de investigação, estava longe da grande problemática que existe à volta deste tema.


É como se tratasse de equipas adversárias. Por um lado os defensores da investigação quantitiva e, por outro lado, os adeptos da investigação qualitativa. E aqui reside a grande diferença. Incluí alguns vídeos neste blogue que ilustram esta "guerra titânica".


Desconhecia de todo a existência de uma outra postura (que em abono da verdade não se pode considerar como um verdadeiro paradigma, como a professora Alda Pereira me observou) que genericamente se designa de investigação mista. Claro está que se propõe usar metodologias dos dois paradigmas identificados.


Aprendi pois, não só através das minhas leituras como também através da troca de ideias dentro do meu grupo de trabalho, como também no fórum de discussão do grande grupo. Participei o que me foi possível, li o que consegui. Malgré tout, fica sempre a sensação de que poderia ter feito mais. Foi, no entanto, recompensador!




Fundamentos dos Paradigmas em Investigação Científica




O positivismo de Augusto Comte é a base do paradigma quantitativo. Parte-se do princípio que existe uma realidade objectiva que o investigador deve interpretar objectivamente. Cada fenómeno deverá ter uma, e só uma, interpretação objectiva (científica).
















O idealismo de Kant modela o paradigma qualitativo. Neste caso não se prevê a existência de uma só interpretação (objectiva) da realidade. Admite-se que haja tantas interpretações da realidade quantos os indivíduos (investigadores) que a procuram interpretar.

Paradigmas da Investigação


Paradigmas de investigação são sistemas de pressupostos e valores que guiam o processo de investigação e determinam as opções que o investigador terá de fazer ao longo do percurso da investigação e que, eventualmente que o levará a obter respostas para o problema que decidiu investigar.

sábado, 12 de junho de 2010

Ética na Investigação


Ética...
Uma palavra que tem de fazer sentido!
Os Princípios da Ética da Investigação Científica:
1. Competência profissional
Manter o mais elevado nível de competência profissional no seu trabalho
Reconhecer as limitações da sua especialização
Só aceitar as tarefas para as quais estiver preparado
Reconhecer necessidade de formação contínua para se manter actualizado
2. Integridade
Relacionamento honesto, correcto e respeitador dos outros profissionais
Não fazer declarações / afirmações falsas ou enganadoras
3. Responsabilidade profissional e científica
Manter o mais elevado padrão ético na sua conduta profissional para não prejudicar a imagem e reputação da comunidade profissional e científica de que faz parte
4. Respeito pelos direitos, dignidade e diversidade das pessoas
Evitar qualquer forma de discriminação com base na idade, género, raça, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiência, condições de saúde, estado civil, relações familiares
Reconhecer nos outros o direito de ter valores, atitudes e opiniões diferentes da sua
5. Responsabilidade social
Obrigações para com a comunidade em que o investigador vive e trabalha, pelo que deve tornar público os resultados da sua investigação
Contribuir para o avanço da ciência e para o bem público com a sua investigação
____________
Bibliografia:Caderno TICG, vol. 2 – Anexo 2 http://ticg0809.files.wordpress.com/2008/09/ticg0809_cap2.pdf (consultado a 15 de Maio de 2010)

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Análise e o Tratamento de Dados

Quantitativo ou Qualitativo? A questão mantêm-se... e com um toque de humor de banda desenhada.


Técnicas e Instrumentos nos Métodos Quantitativo e Qualitativo

Este diagrama tem a vantagem das coisas simple... ajuda muito.




Sobre o Código Deontológico do Investigador




a minha colega de mestrado Manuela Pereira apresentou os seguintes deveres do investigador

Liberdade de investigação - tendo como objectivo o bem da humanidade

Princípios éticos - aderir às práticas éticas e aos princípios éticos fundamentais reconhecidos e adequados

Responsabilidade profissional - garantir que os seus trabalhos de investigação sejam relevantes para a sociedade e procurem não duplicar já realizados por outros.

Atitude profissional - ter conhecimento dos objectivos estratégicos que regem o seu ambiente de investigação, informar os implicados no estudo.

Obrigações contratuais e jurídicas - ter conhecimento da regulamentação em vigor, aos direitos de propriedade intelectual.

Responsabilização - consciência da responsabilidade perante as suas entidades implicadas

Boas práticas em investigação - devem sempre adoptar práticas de trabalho seguras, cumprir a responsabilidade da protecção dos dados e da confidencialidade.

Divulgação e exploração dos resultados - os resultados dos seus trabalhos de investigação sejam divulgados e explorados, garantir que a investigação seja frutuosa.

Envolvimento público - garantir que as suas actividades de investigação sejam levadas ao conhecimento da sociedade em geral, como forma de aumentar o conhecimento científico e valorizar a investigação.

Relação com os supervisores - Os investigadores em fase de formação devem estabelecer uma relação estruturada e regular com o(s) seu(s) supervisor(es) e representante(s) da faculdade/departamento de modo a tirar todo o partido da sua relação com estes. Devem trabalhar de acordo com calendários, metas, prestações concretas e/ou resultados da investigação acordados.

Deveres de supervisão e gestão - Os investigadores seniores devem estabelecer uma relação construtiva e positiva com os investigadores em início de carreira. Desenvolvimento profissional contínuo, dar continuidade ao seu aperfeiçoamento e actualização, alargando as aptidões e competências.

Continuando a ouvir o Dr Simon Hardy... (Parte II)

A opinião do Dr Simon Hardy, da Universidade de Worcester, sobre entrevistas e inquéritos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ainda sobre os modelos de investigação...

















O modelo de investigação quantitativo “é o paradigma dominante em educação” tendo por base o método científico. Reconhecem-se-lhe no entanto algumas limitações nomeadamente a dificuldade de manipular ou controlar aspectos de natureza ética e variáveis independentes.



O modelo de investigação qualitativa constitui uma resposta às limitações da avaliação quantitativa. Interessa-se pelos processos cognitivos e metacognitivos dos seres humanos. Inspira-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica.Utiliza entrevistas detalhadas e observações minuciosas que fornecem informação acerca do ensino e da aprendizagem que de outra forma não se poderia obter. As suas limitações relacionam-se com a objectividade ou falta dela, por parte dos investigadores e o tempo requerido para a investigação.

É por isso que os métodos qualitativos e os quantitativos se combinam muitas vezes numa mesma investigação.

O Guião de Investigação

O Guião de Investigação...

1º Passo - Problema de Investigação Que problema vai ser objecto da investigação? Todo o trabalho está condicionado pelo campo específico onde se vai intervir.


2º Passo – Revisão da literatura Os problemas que vão ser investigados já foram investigados por outros? Que conclusões se tiraram? Não deve haver sobreposição de investigação.


3º Passo – Paradigma escolhido (Quantitativo, Qualitativo ou Misto) e Método a seguir Propõe-se uma investigação baseada no paradigma qualitativo ou misto, de método indutivo analítico e comparativo.


4º Passo – Objectivos da Investigação Para que serve esta investigação? Qual a tese que se desenvolve?


5º Passo – Recolha de dados (qualitativos/quantitativos) Depois das respostas às questões anteriores, sabendo qual a problemática que se vai trabalhar, a percepção que se tem do caminho a percorrer, identificam-se os dados: Entrevistas? Questionários? Outros? Quais?


6º Passo – Tratamento, Interpretação de dados e Conclusões O tratamento de dados depende da qualidade dos mesmos.


7º Passo – Elaboração do documento escrito Esta fase consiste na elaboração e revisão do texto final e apresentação das conclusões.


8. Preparação e impressão, correcção e reimpressão


9º Passo – Apresentação final do Trabalho Normalmente à instituição que presidiu ao trabalho de investigação.

A Investigação em Educação


Considera-se, actualmente, a existência de três grandes paradigmas na investigação em educação:

i) investigação quantitativa, que se baseia na recolha de dados quantitativos;
ii) investigação qualitativa, baseada na recolha de dados qualitativos
iii) investigação mista, que tem características de ambas.

sábado, 24 de abril de 2010

Abertura do blog

Este blog destina-se a troca de ideias sobre a temática da Investigação Educacional. Este trabalho faz parte da Unidade Curricular com o mesmo nome da responsabilidade da professora doutora Alda Pereira.
Todos os que queiram participar são bem vindos.