segunda-feira, 5 de julho de 2010

Trabalho de Grupo: O Guião de Investigação



Este foi o trabalho que o meu grupo elaborou sobre uma hipótese de guião de investigação:


INVESTIGAÇÃO EDUCACIONAL

Guião de Investigação

Docente: Professora Alda Pereira
Trabalho realizado por:
Ilda Bicacro
Felícia Figueiredo
Julieta Cordas
Manuela Pereira

Março de 2010

Índice

1.Introdução. 1
2. Guião de Investigação. 2
3. Reflexão final 3
4.Referências Bibliográficas. 4

1.Introdução

Toda a investigação procura a construção de conhecimento que, face ao anterior, se defina como válido e transformador da realidade, ainda que estas características não perdurem ao longo do tempo. Depois de identificado o problema, revista a literatura, reconhecida a praticabilidade da investigação apresenta-se uma proposta de guião da investigação.
A história da investigação encontra-se repleta de esforços para combinar, numa única investigação, diferentes métodos de recolha e análise de informação. Numa proposta de investigação os métodos devem ser clarificados. Quem são os participantes? Que dados vão ser recolhidos? Que instrumentos vão ser usados? Que equipamento vai ser utilizado?
Não obstante o desenvolvimento da investigação educacional, da preferência de uns investigadores pelo método quantitativo e de outros pelo método qualitativo, reconhecem-se vantagens e limitações em cada um deles. A metodologia da investigação qualitativa é forçosamente diferente da utilizada na investigação quantitativa. No entanto, qualquer que seja o paradigma escolhido há passos metodológicos a respeitar quando se parte para uma investigação. Os estudos qualitativos baseiam-se, frequentemente, em análises indutivas, dados categorizados, comparação baseada em padrão. Os estudos quantitativos usam procedimentos de análise de dados estatísticos.
Um plano de trabalho exige uma organização articulada, flexível e em parte provisória, do trabalho pessoal em função dos objectivos e das hipóteses para a resolução dos problemas que se pretendem estudar (Dias, M. 1999). No âmbito da 1ª actividade proposta na unidade curricular Investigação Educacional apresentam-se neste documento:
o Uma introdução;
o Um possível guião para um trabalho de investigação;
o Uma Reflexão Final.
Importa referir-se que nunca se deve colocar demasiada confiança num único estudo de investigação. Em ciência, as verdades são provisórias, as conclusões devem ser aceites pela comunidade científica e estarem sempre dispostas a serem postas em causa.


2. Guião de Investigação

GUIÃO DE INVESTIGAÇÃO
1º Passo - Problema de Investigação
Que problema vai ser objecto da investigação? Todo o trabalho está condicionado pelo campo específico onde se vai intervir.
2º Passo – Revisão da literatura
Os problemas que vão ser investigados já foram investigados por outros? Que conclusões se tiraram? Não deve haver sobreposição de investigação.
3º Passo – Paradigma escolhido (Quantitativo, Qualitativo ou Misto) e Método a seguir
Propõe-se uma investigação baseada no paradigma qualitativo ou misto, de método indutivo analítico e comparativo.
4º Passo – Objectivos da Investigação
Para que serve esta investigação? Qual a tese que se desenvolve?
5º Passo – Recolha de dados (qualitativos/quantitativos)
Depois das respostas às questões anteriores, sabendo qual a problemática que se vai trabalhar, a percepção que se tem do caminho a percorrer, identificam-se os dados: Entrevistas? Questionários? Outros? Quais?
6º Passo – Tratamento, Interpretação de dados e Conclusões
O tratamento de dados depende da qualidade dos mesmos.
7º Passo – Elaboração do documento escrito
Esta fase consiste na elaboração e revisão do texto final e apresentação das conclusões.
8. Preparação e impressão, correcção e reimpressão
9º Passo – Apresentação final do Trabalho
Normalmente à instituição que presidiu ao trabalho de investigação.

3. Reflexão final
É através da pesquisa e das conclusões do trabalho de investigação que o saber evolui e o pensamento crítico se desenvolve. No âmbito da educação reconhecem-se os seus contributos nomeadamente na melhoria do ensino e da aprendizagem e no crescimento do ponto de vista pessoal e profissional dos envolvidos.
Constituem requisitos de um investigador ser curioso, atento ao mundo que o rodeia e inconformado sobre os problemas sociais. Alguns estudos mostram que os investigadores são criativos e têm uma faceta estética apurada. A responsabilidade profissional deve permitir garantir que os trabalhos de investigação sejam relevantes para a sociedade e procurem não duplicar os já realizados por outros.
Os resultados dos trabalhos de investigação devem ser divulgados e explorados, de modo a garantir que a investigação seja frutuosa e levada ao conhecimento da sociedade em geral, como forma de aumentar o conhecimento científico e valorizar a investigação. É por isso necessária a definição e utilização de um método de estudo e seguir uma metodologia de trabalho que possa ser comparável pelos vários investigadores, de forma a cruzar dados melhorar o trabalho e dar continuidade à investigação.
“Quando iniciam um trabalho, ainda que os investigadores possam ter uma ideia acerca do que irão fazer, nenhum plano detalhado é delineado antes da recolha de dados” (Bogdan, 1994:83).
O planeamento da investigação não pode ser concebido com grande rigidez, o caminho faz-se caminhando, este plano vai-se reestruturando à medida que prossegue a investigação. Importa sublinhar que o investigador parte para o campo da investigação munido dos seus conhecimentos, das suas experiências, com hipóteses formuladas e com um grande objectivo de verificar essas hipóteses ou proceder a alteração e reformulação das mesmas, à medida que a investigação avança.
O modelo de investigação quantitativo “é o paradigma dominante em educação” tendo por base o método científico. Reconhecem-se-lhe no entanto algumas limitações nomeadamente a dificuldade de manipular ou controlar aspectos de natureza ética e variáveis independentes (Moreira, C. 2007).
O modelo de investigação qualitativa constitui uma resposta às limitações da avaliação quantitativa. Interessa-se pelos processos cognitivos e metacognitivos dos seres humanos. Inspira-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica.
Utiliza entrevistas detalhadas e observações minuciosas que fornecem “ informação acerca do ensino e da aprendizagem que de outra forma não se poderia obter”. As suas limitações relacionam-se com a objectividade ou falta dela, por parte dos investigadores e o tempo requerido para a investigação. (Fernandes, D. 1991, p.65). É por isso que os métodos qualitativos e os quantitativos se combinam muitas vezes numa mesma investigação.
O guião apresentado, como já foi referido, pode ser condutor de um processo de investigação de paradigma quantitativo, qualitativo ou misto. Em educação e para qualquer problemática a tratar, os vários paradigmas encontram aceitação. Assim sendo, parte-se do princípio que as diferenças no faseamento não são significativas.

4.Referências Bibliográficas
Bogdan R. & Biklen, S. (1994): Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Caraca, M. e al. Características da personalidade em artistas plásticos e investigadores científicos. Aná. Psicológica, 2000, vol.18, no.1, p.53-58. ISSN 0870-8231.
Dias, M. (1999). Métodos e Técnicas de Estudo e Elaboração de Trabalhos Científicos. Coimbra: Minerva
europa.eu/eracareers/pdf/eur_21620_en-pt.pdf. Carta europeia da Investigação. (acedido em 21 de Março)
Moreira, C. (2007). Teorias e Práticas de Investigação. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais e Políticas.
Johnson, B. e Christensen, L. (s.d.) Educational Research Quantitative, Qualitative, and Mixed Aproches.
VALLES.M. (2000): Técnicas cualitativas de investigación social. Reflexión metodológica e práctica professional (2ª ed.). Madrid: Síntesis/Sociologia.
http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/2lectures.htm. Acedido em Março de 2010.
http://www.socialresearchmethods.net/kb/contents.php. Acedido em Março de 2010.
http://www.fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali.asp. Acedido em Março de 2010.
http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf. Acedido em Março de 2010.

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