segunda-feira, 5 de julho de 2010

Trabalho de Grupo: O Questionário


INVESTIGAÇÃO
EDUCACIONAL
MESTRADO
EM
SUPERVISÃO
PEDAGÓGICA



PLANEAMENTO
DE UM
QUESTIONÁRIO
Docente: Professora Alda Pereira
Trabalho realizado por:
Ilda Bicacro
Felícia Figueiredo
Julieta Cordas
Manuela Pereira
Abril de 2010


Índice

Introdução. 1
1. Etapas de planeamento de um questionário. 2
2. Análise da Dissertação "Setúbal, As TIC e o Ensino do Inglês: atitudes dos Professores" ……. 3
3. Reflexão final 4
Bibliografia. 5

Introdução
Em investigação educacional, o inquérito pode assumir diversas formas na recolha de dados objectivos sobre um problema concreto. É usado frequentemente na tentativa de descrição da opinião representativa de uma comunidade, tanto sobre um assunto de carácter científico como sobre um assunto apenas de interesse geral. Assume particular importância na recolha de dados da mais diversa origem e relacionados com investigação ao nível da população escolar - alunos, professores, sistema educativo e comunidade.
No âmbito das Ciências Sociais e quanto à sua utilização, podem-lhe ser atribuídos quatro grandes objectivos: estimar grandezas absolutas e grandezas relativas; descrever uma população ou subpopulação e verificar hipóteses, relacionando duas ou mais variáveis.
A aplicação de um inquérito exige que o investigador seja capaz de seleccionar a informação pertinente, que seja cuidadoso na construção e utilização de indicadores que tenham utilidade para a investigação e que saiba usar preceitos éticos e deontológicos envolvidos na situação. Por exemplo, se for necessário averiguar o estatuto social nunca o inquérito deve questionar receitas ou vencimentos.
Antes de iniciar a sua construção, é importante haver uma clara definição de objectivos, saber qual a informação a recolher, harmonizar os objectivos com a forma do questionário, definir-se a população alvo, escolher o tipo de perguntas a elaborar em função do tipo de respostas que se pretendem obter e a forma de contactar com os inquiridos, já que estes no momento de responderem não podem (e não devem) esclarecer dúvidas.
As perguntas devem ser organizadas, de modo coerente, intrínseco e de forma lógica para quem vai responder.
A escolha do tipo de perguntas para cada questão poderá passar pelo tipo de resposta fechada, em que o sujeito elege uma das alternativas que lhe oferecem, ou aberta, em que o sujeito goza de liberdade para responder da forma que mais lhe convier.
Não pode ainda ser descurada a definição do tipo de escala de medida a associar às respostas e a definição da metodologia para análise de dados.
O questionário deve estar organizado por temáticas enunciadas de forma clara, deixando para o fim as questões mais difíceis, ou seja, é importante elaborar uma sequência de questões e escolher a forma de as apresentar.
Durante o processo, é ainda necessário algum cuidado na recolha de dados e sua operacionalização, assim como na apresentação das conclusões e avaliação do processo.

1. Etapas de Planeamento de um Questionário

Escolha das variáveis da investigação adequadas ao estudo
Selecção da informação pertinente do questionário e número de perguntas adequadas para cada variável – abrangendo todos os pontos a questionar
Definição do tipo de perguntas: abertas/fechadas
Definição dos objectivos do estudo e da situação a abordar no questionário
Elaboração e verificação da adequação das perguntas à hipótese operacional.
Aplicação do questionário (definir prazo, construir uma base de dados, quantos questionários, a quem foram distribuídos, quantos foram recolhidos)
Validação do questionário numa amostra restrita
Definição das instruções de resposta a fornecer ao inquirido
Análise e tratamento de dados
Interpretação e relatório científico

Decisão das técnicas a utilizar para testar a hipótese
Construção do questionário
Organização:
Sequência, forma, template…
Definição da amostra

2. Análise da Dissertação "Setúbal, as TIC e o Ensino do Inglês: atitudes dos Professores"

“Setúbal, as TIC e o ensino de Inglês: atitudes dos professores,
de Conceição Brito


1. Objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?

Nas páginas 5 e 6 a autora refere os objectivos da investigação: “Com este estudo pretende-se obter resposta para as seguintes questões: Que atitudes têm os professores de Inglês das escolas secundárias e secundárias com 3º ciclo do distrito de Setúbal em relação à utilização das TIC no ensino aprendizagem da língua inglesa? Que factores determinam a adesão e/ou a resistência à utilização das TIC pelos professores de Inglês das escolas secundárias e secundárias com 3º ciclo do distrito de Setúbal?” Na página páginas 72 e seguintes, no ponto 3.Procedimentos Metodológicos, a autora refere : “Tendo-se em conta os objectivos da tese, optou-se por uma abordagem metodológica mista, onde o aspecto qualitativo assenta, em primeiro lugar, numa recolha quantitativa Na verdade, a recolha quantitativa de dados foi feita através de um inquérito por questionário, enviado a todos os professores do grupo de Inglês de todas as escolas …”

2.Passos que estiveram subjacentes à construção do questionário

Os passos percorridos, desde a elaboração até ao tratamento de dados, estão expressos na página 72 e seguintes: “Neste estudo, o questionário era constituído por 126 questões de resposta fechada,
divididas por quatro grandes secções:
· caracterização do respondente
· os professores e a utilização das TIC
· os professores e a formação em TIC
· a utilização das TIC com alunos “

3.A amostra
4. Método de definição da amostra.

Não foi utilizado o método de amostragem. O inquérito foi aplicado ao universo total: todos os professores de Inglês das escolas do distrito de Setúbal.

5.Validação prévia do questionário

Não houve validação prévia do questionário.

6.Tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário
O tratamento de dados é apresentado no capítulo IV, Tratamento de Dados, pag.83. No caso concreto do questionário, há um tratamento estatístico, quantitativo, baseado em contagens totais de respostas e em percentagens. A comparação é, essencialmente, feita através do estudo percentual.


3. Reflexão final
O trabalho de investigação com base na elaboração de um questionário oferece um conjunto de vantagens, de entre as quais podemos destacar, o facto de as respostas por escrito serem menos embaraçosas para os inquiridos em determinadas situações, poder proporcionar uma maior rapidez na recolha e análise de dados, ser aplicável a uma grande amostra e como tal permitir a generalização das conclusões, bem como a grande aceitabilidade pelos públicos-alvo.
O inquérito é um instrumento privilegiado na recolha de dados sempre que a investigação tem necessidade de obter informação sobre uma grande variedade de comportamentos de um individuo ou grupo e cuja observação directa pode ser impossível ,até por se reportar ao passado. Atendendo a que a observação directa pressupõe uma intimidade inaceitável, por questões éticas e deontológicas, o inquérito torna-se assim, uma forma de ultrapassar estas dificuldades.
É também muito eficaz quando a investigação necessita de registo de opiniões, preferências e outras que têm de ser expressas pelos próprios. Revela-se muito útil quando os dados que interessam à investigação são algo de interesse geral mas que se produz num dado momento e sociedade e pode ser expresso por um conjunto de indivíduos inquiridos.
Contudo, estão-lhe também associadas algumas desvantagens: dificuldades ao nível da concepção, o perigo de generalizações erradas se a população-alvo não for representativa do universo em estudo, a possibilidade de ocorrerem erros no tratamento de dados que comprometam a investigação e haver uma elevada taxa de não respostas.
A concepção de um questionário deve atender a algumas considerações antes, durante e depois da sua aplicação. Assim, a aparência estética de um questionário é um aspecto importante funcionando como marketing para o respondente. O “layout” do questionário deve ser claro e atraente de modo a persuadir o respondente. O questionário deve ser curto, claro e com espaços adequados entre as perguntas. As questões devem ser de tal modo claras que não podem oferecer qualquer dúvida ou embaraço ao inquirido. E por fim, deve referir-se o facto desta metodologia de recolha de dados ser uma entre muitas possíveis a integrar numa investigação. O cruzamento de informações e a recolha de vários processos pode enriquecer a investigação.


Bibliografia
Brito, C. (s. d.). Setúbal, as TIC e o Ensino do Inglês: Atitudes dos Professores. http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=225878. Acedido em Abril de 2010.
Carmo, F. & Ferreira, M. (2008): Metodologia da Investigação - Guia para Auto-aprendizagem.2ªed. Lisboa: Universidade Aberta
Ghiglione, R; Matalon, B. (1992). O Inquérito, Teoria e Prática. Oeiras: Celta Editora.
Hill, M. & Hill, A. (2005). Introdução à Investigação. Lisboa: Adições Sílabo, Lda
http://iss.leeds.ac.uk/info/312/surveys/217/guide_to_the_design_of_questionnaires
http://inqporquestion.com.sapo.pt/etapas_para_a_construo_do_questionrio.html

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